Alemanha anuncia apoio ao Brasil
Alemanha anuncia ao Brasil, foi anunciado um pacote de investimentos no valor chega a mais de 1,1 bilhão de reais.
Esse valor é destinado para o Fundo Amazônia, mas também vai servir para outras iniciativas em combate ao desmatamento.
O acordo firmado entre Alemanha e Brasil nesta segunda-feira (30/01) foi para detalhar um investimento de 203 milhões de euros, que serão enviados ao Brasil, para o uso em ações ambientais.
Se reuniram em Brasília a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ministra de Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze para negociar os termos do aporte que será feito pelos alemães.
O aporte que será feito pelo governo alemão será divididos entre diferentes iniciativas, conforme vamos especificar aqui abaixo:
Distribuição do investimento da Alemanha
- 80 milhões de euros destinados a empréstimos a juros reduzidos;
- 35 milhões de euros irão direto para o Fundo Amazônia;
- 31 milhões de euros para os estados brasileiros que fazem parte da Amazônia, na intenção de implementar medidas ambiciosas para uma maior proteção florestal;
- 29,5 milhões de euros destinados para um Fundo Garantidor de Eficiência Energética para pequenas e médias empresas;
- 13,1 milhões de euros para o reflorestamento de terras arrasadas pelo garimpo ilegal;
- 9 milhões de euros para o apoio às cadeias de abastecimento sustentável;
- 5,37 milhões de euros para investimento em consultoria para o fomento de energias renováveis na indústria e no setor de transportes.
Desde que tomou posse do cargo de ministra do Meio Ambiente, em janeiro de 2023, Marina Silva afirmou que o Brasil precisava fortalecer suas parcerias e buscar outras, só assim conseguiram reestruturar a proteção ao meio ambiente no país.
Como serão usados os investimentos da Alemanha
- Empréstimos a juros reduzidos: os 80 milhões de euros são usados para que agricultores pequenos e médios possam pedir empréstimo com juros reduzidos. Essa ação será feita pelo Banco do Brasil e o destino desse dinheiro deve ser o reflorestamento de suas terras.
- Investimento em estados brasileiros que fazem parte da Amazônia: o investimento de 31 milhões de euros vai ser usado em projetos de proteção e uso sustentável de florestas, mas precisam estar alinhados com o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm)
- Fundo garantidor de eficiência energética: os 29,5 milhões de euros vão ser destinados ao fundo garantidor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Pequenas e médias empresas podem tomar empréstimos para projetos de eficiência energética na região.
- Reflorestamento de áreas degradadas: o valor de 13,1 milhões de euros vão servir para que pequenos agricultores usem em projetos de reflorestamento de áreas que estão desmatadas.
- Cadeias de abastecimento sustentável: o aporte de 9 milhões de euros vai ser usado em dois projetos que serão feitos pela GIZ, empresa alemã que atua no Brasil na promoção do desenvolvimento sustentável. Esses dois projetos não foram detalhados.
- Consultoria para o avanço de energias renováveis: a empresa GIZ prestará consultoria ao Ministério do Minas e Energias, no valor de 5,37 milhões de euros. A intenção é investir em energias renováveis para a descarbonização na indústria e no setor de transportes.
Socorro aos Yanomami
Marina Silva, no seu pronunciamento, também afirmou que vai usar o dinheiro destinado ao Fundo Amazônia para ajuda humanitária ao povo Yanomami.
Os indígenas sofrem com uma grave crise de saúde, pessoas estão morrendo de fome e foram registrados vários casos de malária.
Desde 2019, quando o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro assumiu a liderança do país, o Fundo Amazônia foi cortado. Logo no primeiro ano de sua posse, Bolsonaro cortou diversos comitês, entre eles dois estavam diretamente ligados ao fundo.
Ainda em 2019, o governo brasileiro aplicou diversas medidas e fez declarações bastante polêmicas sobre a gestão ambiental. Por conta disso, alguns países resolveram parar de investir no Fundo Amazônia, por exemplo, Noruega e Alemanha foram os primeiros.
Agora em 2023, logo no dia 1° de janeiro, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma série de novas medidas. Entre elas estava um decreto que determinou a retomada do Fundo Amazônia.