Fifa vai discutir a situação de trabalhadores no Catar - Dizz

A poucos meses da Copa do Mundo, a Fifa vai discutir a situação de trabalhadores no Catar com a Anistia Internacional

Foram feitas várias acusações sobre as condições dos trabalhadores envolvidos nas construções dos estádios para a Copa do Mundo no Catar. O encontro entre a Fifa e a Anistia Internacional é focado na condição dos imigrantes que foram trabalhar nos preparativos para a Copa do Mundo de 2022, agora a atenção maior no setor de serviços.

Os representantes da Fifa receberam nesta segunda-feira uma delegação da Anistia Internacional, que é uma organização não governamental que defende os direitos humanos, para discutir a situação dos trabalhadores imigrantes no Catar nas obras para a Copa do Mundo de 2022. O encontro foi realizado na sede da entidade máxima do futebol, em Zurique.

A Anistia Internacional já fez diversos alertas ao decorrer dos últimos anos sobre as condições precárias dos trabalhadores imigrantes que atuam nas preparações para a Copa do Mundo do Catar. A ONG deve entregar uma petição sobre o assunto à Fifa, que promete conversar com o comitê organizador do evento no local para chegar às recentes informações, avanços e pontos que ainda precisam ser melhorados.

Em relatório divulgado em novembro do ano passado, a Anistia Internacional indicou que progressos no mercado de trabalho no Catar ficaram estagnados em 2021, e práticas abusivas antigas ressurgiram. A situação de imigrantes no país continua dura para a maioria, segundo a entidade, apesar de mudanças legais a partir de 2017.

Segundo reportagem do jornal inglês “The Guardian”, publicada em fevereiro do ano passado, no mínimo 6,5 mil trabalhadores imigrantes faleceram no Catar desde novembro de 2010, quando foi anunciado que o país seria sede da Copa de 2022 e começaram os trabalhos de infraestrutura. Na época, o comitê organizador declarou que haviam 37 mortes, sendo que 34 estariam classificadas como não trabalhistas.

De acordo com a Fifa, a realização da Copa do Mundo contribuiu para a melhoria das condições de trabalho no Catar e ajudou a introduzir mudanças nas leis trabalhistas do país. O encontro entre as entidades vai tratar disso, com o foco especial no setor de serviços.

— Nós recebemos muito bem o engajamento da Anistia Internacional e estamos sempre abertos para discussões construtivas e transparentes, além de levar qualquer preocupação aos nossos parceiros. Continuamos totalmente comprometidos em garantir a proteção dos trabalhadores envolvidos com a entrega da Copa do Mundo — disse o chefe de Responsabilidade Social e Educação da Fifa, Joyce Cook, em nota.

A próxima Copa do Mundo será realizada no Catar entre os dias 21 de novembro e 18 de novembro. Além do país anfitrião, outras 14 seleções já garantiram vaga para o torneio, o último a ser disputado com 32 participantes.

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danilo

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