Luto no Futebol, Rincón morreu aos 55 anos
Luto no futebol, Rincón morreu aos 55 anos, colombiano era ídolo no Corinthians
Freddy Rincón não conseguiu sobreviver depois dos ferimentos causados pelo acidente de carro sofrido na última madrugada de segunda-feira, o jogador colombiano já havia jogado pelo Corinthians, Santos, Palmeiras e Cruzeiro.
O acidente que causou a morte de Freddy Rincón aconteceu na madrugada de segunda-feira, o ex-jogador estava hospitalizado desde então, mas por conta dos graves ferimentos ele acabou falecendo na noite de quarta-feira. A confirmação da morte veio por meio de uma coletiva de imprensa na clínica onde o ex-jogador estava internado.
– A Clínica Imbanaco, com prévia autorização e em companhia dos familiares, se permite informar à opinião pública que, apesar de todos os esforços realizados por nosso corpo médico e assistencial, o paciente Freddy Eusebio Rincón Valencia faleceu no dia de hoje 13 de abril de 2022. Lamentamos profundamente este sensível acontecimento, enquanto estendemos nossas mais profundas condolências à família, amigos, parentes e seguidores. Jamais haverá forma de expressar o que isto significa realmente para nós. Convidamos a todo o país a recordá-lo com alegria por tudo o que nos brindou em vida com suas conquistas desportivas.
Rincón estava dirigindo seu carro e foi atingido por um ônibus na última madrugada de segunda-feira, por conta do acidente o ex-jogador sofreu traumatismo craniano, chegou a ser operado, mas não resistiu aos ferimentos.
Freddy Eusébio Gustavo Rincón Valencia nasceu na cidade de Buenaventura, Colômbia, em 14 de agosto de 1966. Começou a jogar futebol no Atlético Buenaventura, clube pequeno da cidade onde nasceu. De lá, partiu para o Deportes Tolima e depois ganhou o mundo. Quando ainda atuava no país, marcou gol inesquecível contra a Alemanha na Copa de 1990 e fez dois gols na histórica goleada da Colômbia sobre a Argentina por 5 a 0, no Monumental de Núñez, nas Eliminatórias da Copa de 1994.
A primeira vez que Rincón jogou por um time fora da Colômbia foi no Palmeiras, ele chegou ao time paulista no início de 1994, já com status de estrela da seleção colombiana. Destacou-se no título paulista daquele ano ao lado de nomes como Roberto Carlos, César Sampaio, Zinho, Edílson, Edmundo e Evair. Seis meses depois da chegada, durante a parada para a Copa do Mundo, transferiu-se para o Napoli.
Depois da grande ascensão do ex-jogador, ele chegou ao Real Madrid, mas não conseguiu se destacar tanto quanto nos times anteriores que havia passado, depois do seu período na Espanha ele retornou ao Brasil para jogar no Palmeiras no meio de 1996. Em toda a sua história no Verdão, Rincón fez 76 jogos e marcou 22 gols.
Foi então que começou a história dele em outro grande time paulista, Rincón chegou ao Corinthians em 1997, a compra do jogador custou cerca de 1,3 milhões de dólares aos cofres corintianos. No Timão, o colombiano que atuava pela meia, virou volante e assim se tornou um dos maiores da história do clube.
Ao lado de Vampeta, formou dupla inesquecível. O quarteto de meio-campo, que contava ainda com Ricardinho e Marcelinho Carioca, se eternizou. Eles foram bicampeões brasileiros (1998/99), venceram o Paulistão de 99 e o Mundial de Clubes de 2000. Rincón, capitão da equipe, ergueu a taça do mundo.
Logo após conquistar o mundo com o Corinthians, ele partiu para o Santos e passou por um período sem títulos. Ainda no Brasil, Rincón atuou pelo Cruzeiro, em 2001, antes de fazer a sua última passagem pelo Corinthians em 2004, na ocasião com 37 anos, teve uma passagem apagada, ao todo pelo Timão ele fez 158 jogos e marcou 11 gols.
Na seleção colombiana, marcou 17 gols em 84 partidas. Disputou três Copas do Mundo: 90, 94 e 98. Com personalidade forte, Rincón ficou marcado pelo perfil de liderança e foi capitão em diversos times durante a carreira.
Ele deixa dois filhos, Sebástian Rincón, de 28 anos, que também é jogador de futebol profissional (atua pelo Barracas, da segundona argentina), e Freddy Stiven.