Cientistas da ONU divulgam 5 formas de salvar o planeta
Cientistas da ONU divulgam 5 formas que precisamos implementar para conseguir salvar o planeta
O problema climático vem assombrando a nossa sociedade como um todo durante muitos anos, algumas das possíveis soluções para diminuir os impactos dos agentes poluentes seriam aposentar as usinas de carvão e deixar de utilizar combustíveis fósseis.
O assunto aquecimento global, poluição do ar, das águas e destruição do planeta já não é novidade para ninguém, os anos vão se passando e a urgência sobre esses assuntos só aumentam, mas infelizmente há menos atenção voltada para solucionar esses problemas.
No meio científico esse assunto nunca deixou de ser uma pauta, no início de Abril, cientistas da ONU apresentaram um plano que para eles pode ajudar a desacelerar os impactos que o aumento da temperatura traz ao planeta. O relatório, preparado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC, na sigla em inglês), basicamente convoca uma revolução sobre nossa forma de produção da energia necessária para as atividades humanas.
O fato é que os perigos do aquecimento global já não diminuem naturalmente, nos próximos três anos será preciso diminuir a emissão de CO2 e em seguida cair drasticamente, ainda assim será preciso o uso de tecnologia para tirar os gases poluentes da atmosfera.
Para os pesquisadores da ONU existem cinco maneiras de lidar com o problema do aquecimento global.
Como salvar o planeta terra?
1- Precisamos parar de usar o carvão
O mundo só vai conseguir se livrar dos perigos envolvendo o aquecimento global quando parar de utilizar combustíveis fósseis para gerar energia. Para manter o aumento de temperatura abaixo 1,5°C é necessário que as emissões de gases poluentes diminuam até 2025, e sejam reduzidas em 43% até o fim da década, a saída mais fácil para os pesquisadores é gerar energia com fontes sustentáveis, como eólica e solar.
Para o bem da temperatura global, o IPCC acredita que o carvão deve ser deixado de usar para sempre.
“Acho que esta é uma mensagem muito forte, não deve haver novas usinas movidas a carvão. Caso contrário, realmente será um risco para o limite de 1,5 °C”, afirma Jan Christoph Minx, professor da Universidade de Leeds, no Reino Unido, e um dos coordenadores do estudo do IPCC.
“Acho que a grande mensagem do relatório é que precisamos pôr fim à era dos combustíveis fósseis. E não é preciso simplesmente encerrá-la; precisamos encerrá-la com muita rapidez”, segundo ele.
2 – A tecnologia a favor da preservação ambiental
Nos últimos anos, quando se falava de soluções tecnológicas para combater o aquecimento global estava muito ligada a uma ideia excêntrica, pelo seu nível de complexidade, mas parece não haver outra solução.
Diminuir o consumo de carbono parece ser uma tarefa difícil, sendo assim pesquisadores começaram a ter que voltar a sua atenção para reduzir o nível de CO2 que já temos na atmosfera.
Os pesquisadores chegaram a um consenso de que é impossível manter a temperatura do planeta estável sem alguma remoção da camada de carbono na atmosfera, seja plantando mais árvores ou utilizando máquinas de filtragem de ar, mas ainda tem muita resistência sobre deixar de usar combustíveis fósseis.
“A principal desvantagem que vejo é o fato de que o relatório é muito tolerante quanto à rápida supressão dos combustíveis fósseis”, segundo Linda Schneider, da Fundação Heinrich Böll, em Berlim, na Alemanha.
“Eu esperava que o relatório apresentasse os processos mais confiáveis e seguros para atingirmos o limite de 1,5 °C, sem exagerar e depender de tecnologias que simplesmente não sabemos se irão funcionar”, afirma ela.
3 – Responsabilidade social
Temos que ver a redução da demanda por energia como uma arma secreta a nosso favor, isso inclui uma série de questões, como alimentação de baixo carbono, resíduos alimentares, o modo como construímos nossas cidades e como nos movimentamos.
O IPCC acredita que mudanças nessas áreas podem limitar as emissões de carbono das pessoas comuns em 40% a 70% até 2050, aumentando também a expectativa de vida das pessoas. Esse tipo de comportamento precisa partir de incentivos e estímulos de governos.
4 – O dinheiro fazendo a sua parte
Para salvar o planeta é comum procurarmos meios mais baratos para o que estamos buscando, durante muito tempo não se deu importância para os efeitos climáticos, pois combater eles causaram grandes custos. Isso já não é mais verdade, os gastos criados pelos impactos ambientais estão equilibrando essa conta.
Segundo o relatório do IPCC, ainda existe muito dinheiro sendo gasto com combustíveis fósseis e nem tanto com energia limpa. Caso os governos alocassem seus subsídios de combustíveis fósseis para outras fontes, as emissões de carbono devem cair até 10% até 2030.
Os custos envolvidos em limitar o aquecimento global a até 2°C até o final do século é menor que os benefícios econômicos globais dessa ação. Já para manter abaixo de 2°C pode custar um pouco mais de dinheiro, mas ainda assim devem ser considerados os danos evitados e a ampla variedade de benefícios que teremos em qualidade de vida.
“Se você observar os cenários mais agressivos do relatório, custaria no máximo 0,1% do crescimento anual considerado do PIB”, segundo Michael Grubb, professor do University College de Londres, outro dos coordenadores do relatório.
5 – Impacto dos grandes impérios
O IPCC destaca o impacto desproporcional que os ricos têm no planeta, foi descrito no relatório que 10% das residências com as maiores emissões de carbono causam 45% das emissões domésticas no mundo.
Pessoas com grandes riquezas gastam bastante com mobilidade, incluindo aviões particulares. Então a solução é tirar dinheiro deles com taxas e outras formas de forçar a redução de carbono? Não, ou talvez em alguns casos.
Para alguns dos cientistas do IPCC tem outros papéis a desempenhar para ajudar a salvar o planeta.
“Os indivíduos ricos contribuem desproporcionalmente com maiores emissões, mas têm alto potencial de redução, mesmo mantendo alto nível de bem-estar e um padrão de vida decente”, afirma Patrick Devine-Wright, um dos principais autores do IPCC, da Universidade de Exeter, no Reino Unido.
“Acho que existem indivíduos com alta posição socioeconômica que são capazes de reduzir suas emissões, tornando-se modelos de estilo de vida de baixo carbono, selecionando seus investimentos em negócios e oportunidades de baixo carbono e fazendo lobby em prol de políticas climáticas rígidas”, segundo ele.