Mundial de 2025: O que sabemos sobre?
Ainda temos muita pouca coisa definida sobre o Mundial de clubes que acontece em 2025, a Conmebol quer oito vagas, mas a Fifa ainda não se decidiu quantos representantes terá de cada continente.
O anúncio do novo formato do Mundial de clubes feito pela Fifa na semana passada só nos deu a certeza de que será o maior de todos, o campeonato será disputado de quatro em quatro anos, sempre um ano antes da Copa do Mundo de seleções e terá 32 clubes participantes.
A primeira edição deste novo formato está marcada para acontecer ainda em 2025, mas ainda não temos uma sede definida. O mais natural é que o campeonato aconteça nos Estados Unidos, Canadá e México, que são os países sedes da próxima Copa do Mundo.
O torneio foi anunciado, mas ainda deixou mais perguntas do que respostas.
Trata-se de um incremento a uma ideia que já havia sido aprovada, mas que foi derrubada pela pandemia da Covid-19. Um novo Mundial de Clubes, com 24 times, deveria ter ocorrido em junho de 2021 na China. Mas essa janela do calendário acabou ocupada por Euro e Copa América, que deveriam ter ocorrido em 2020 e foram adiadas em um ano pela pandemia.
(fonte:google imagens)
Quais times vão jogar este novo mundial?
Essa ainda é a maior pergunta que permanece sem resposta, poderíamos já ter tido essa confirmação, pois em março de 2020, o momento em que a pandemia estourou, estavam prestes a anunciar as definições sobre o novo formato do mundial, que era para ter 24 equipes participantes.
Naquele momento a Fifa já havia anunciado que o continente Sul-Americano tinha direito a seis vagas, mas essa divisão por continente ainda não existe para essa nova formação do Mundial com 32 times.
A Conmebol agora pretende pedir oito lugares. A Fifa trabalha com a ideia de dar 12 vagas para a Europa. Mas ainda não há conversas nem com as confederações continentais, nem com a ECA (Associação de Clubes Europeus na sigla em inglês), que têm peso nessas negociações.
Além de apenas definir quantas vagas serão destinadas a cada continente, a Fifa ainda precisa definir quais serão os critérios de classificação em cada caso, essa é a maior dor de cabeça das confederações continentais.
Esse quebra-cabeça é complexo. Porque no período de quatro anos entre cada edição do novo Mundial de Clubes pode haver múltiplas combinações de resultados nos torneios continentais – e fica difícil definir um critério que não gere reclamações.
Levando em consideração o futebol Sul-Americano, quem se classificaria? Os campeões e os vices da Libertadores? E se houver campeões repetidos neste mesmo período? Todos os vices se classificaram? Para essas perguntas ainda não temos nenhuma resposta.
Em 2020, havia divergências entre Fifa e Conmebol/Uefa. A Fifa queria que os classificados chegassem ao Mundial via Copa Libertadores e Champions League, para garantir os melhores times no torneio. As confederações continentais até topavam, mas queriam algumas vagas via Copa Sul-Americana e Liga Europa — seria uma maneira de “bombar” suas competições menos prestigiadas.
A Conmebol chegou a cogitar a possibilidade de um torneio classificatório, da mesma forma como é realizada as Eliminatórias da Copa do Mundo, porém essa ideia hoje já está totalmente descartada por falta de datas disponíveis nos calendários das equipes.
Possível volta do torneio Intercontinental
No pacote de ações em conjunto entre Conmebol e Uefa existe a ideia de ressuscitar a Copa Intercontinental, que entre 1960 e 2004 era disputada entre os campeões da Champions League e da Copa Libertadores. Mas não há um plano mais concreto, por dificuldade de calendário.
A união Conmebol-Uefa já resultou na abertura de um escritório conjunto em Londres e na realização da Finalíssima – entre os campeões da Copa América e da Eurocopa – e no Intercontinental Sub-20. A primeira edição deste torneio foi disputada em Montevidéu, entre Peñarol e Benfica.