Tite fora da seleção brasileira

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Com a seleção brasileira protagonizando mais uma queda precoce da Copa do Mundo com Tite, abre precedente para um novo debate, a presença de mais gringos no comando técnico do Brasil.

Tite teve a oportunidade inédita de comandar a seleção brasileira em duas Copas do Mundo nos seis anos em que esteve no cargo de técnico, o treinador era visto por muitos como uma esperança, mas agora abriu espaço para a discussão de nomes como Jorge Jesus, Sampaoli e Abel Ferreira.

Com mais uma queda precoce da seleção brasileira em Copas do Mundo, não foram só os torcedores e jogadores que ficaram tristes e decepcionados. Os treinadores brasileiros também lamentaram muito a eliminação da equipe comandada por Tite.

Tite é quase unanimidade entre treinadores jovens e veteranos no futebol brasileiro como melhor em atividade no país. Mas, em diversas conversas nos últimos dias, os profissionais viram na derrota nos pênaltis para a Croácia, quatro anos depois de perder para a Bélgica, na mesma fase, combustível para reforçar o estigma de que os técnicos brasileiros precisam ser substituídos por estrangeiros.

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Uma apuração feita em grupos de Whatsapp com mais de 200 treinadores e analistas de desempenho, apontou que a eliminação da Seleção Brasileira impactou o mercado de técnicos e de profissionais de futebol no Brasil.

O atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, já dizia antes do início da Copa do Mundo do Catar que não iria restringir a procura pelo sucessor de Tite a um nome brasileiro. Antes dele, Rogério Caboclo, que deixou a CBF afastado pela Comissão de Ética, fez contato com o espanhol Xavi, hoje no Barcelona, e acenou com a possibilidade de ele substituir o treinador na Seleção.

O assunto é tratado com naturalidade pelos profissionais brasileiros, quando perguntam sobre a resposta padrão que se escuta é que “competência não tem passaporte”, mas há a percepção de como o efeito Tite pode provocar a ampliação da entrada de técnicos estrangeiros no país.

Impactos da saída de Tite

Antes da derrota da Seleção com Tite, a Série A de 2023 já repete a marca de estrangeiros no país de 2022. São 10 nomes, recorde no futebol brasileiro.

Abel Ferreira, do Palmeiras, segue em pauta na CBF, mas ele é apenas um dos outros sete portugueses na elite do futebol brasileiro: Luis Castro (Botafogo), Pedro Caixinha (Bragantino), Renato Paiva (Bahia), Ivo Vieira (Cuiabá), Vitor Pereira (perto do Flamengo) e Antonio Oliveira (Coritiba) completam a lista.

Os outros gringos são os argentinos Eduardo Coudet (Atlético-MG), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza) e Paulo Pezzolano (Cruzeiro).

Tite era o nome referência no mercado interno brasileiro, e de certa maneira, retribuía o reconhecimento ao dizer que queria ser substituído por um brasileiro no comando técnico da seleção.

Nos fóruns, há temor até pela interrupção da agenda de valorização de profissionais do futebol. Tite tinha comissão técnica e estafe de 74 pessoas em Doha, no Catar. Viajou o mundo para observar jogadores, tinha oito membros fixos na comissão da Seleção e contou com geração jovem e reconhecidamente talentosa, mas não foi suficiente para vencer outra Copa.

Essas medidas são consideradas prudentes para continuar as melhorias no futebol, mas agora depois da derrota podem ser cortadas. De forma mais simples, são consideradas superficiais quando a bola não entra. Antes da Copa do Mundo do Catar começar, Tite havia comentado que seria importante para a CBF manter a estrutura semelhante à que ele tinha à disposição, independente de qual seja o próximo treinador.

Todas as questões ficam pendentes de análise da direção da CBF e são vistas como incógnitas neste momento de transição. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, prometeu deixar a escolha do novo treinador apenas em janeiro.

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danilo

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